O suposto descaso da prefeitura de Porto Seguro, localizada no extremo sul baiano, com o trabalho dos guardas civis municipais (GCM) levou a categoria a reivindicar o cumprimento dos direitos trabalhistas no gabinete do prefeito Jânio Natal (PL) nesta terça-feira, 24.
A mobilização, iniciada pelo Sindicato dos Guardas Civis Municipais da Bahia (Sindiguarda), cobra ao chefe do Executivo o reajuste salarial anual, que está desatualizado há dois anos, segundo o vice-presidente da categoria, Neto. Além disso, os profissionais da segurança também denunciam a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e armas não letais para exercer a atividade na cidade.
“Há dois anos sem receber reajuste, como previsto no art.37 da Constituição, e também no Plano de Cargos e Salários da cidade. Estamos aqui na Casa Civil do gabinete do prefeito Jânio Natal, desde às 11h, e não fomos atendidos. Um desrespeito com a Guarda Civil Municipal”, disse o sindicalista.
Em vídeo publicado nas redes sociais, Neto ainda critica a falta de diálogo da categoria com a gestão municipal. Durante protesto, o vice-presidente da Sindiguarda destacou que só encerraria a manifestação “quando fosse atendido”.
“É uma vergonha no gabinete não ter um secretário para atender [a categoria]. Estamos aqui indignados com o tratamento feito pela gestão em prol da segurança pública do município de Porto Seguro”, acrescentou.
No município, o ordenamento do trânsito também é realizado pela GCM. Devido à falta de atenção do governo municipal, a categoria fixou um horário para encerrar a supervisão diária no tráfego de veículos.
“Somente serão atendidas as ocorrências de trânsito até as 20h. Todos os sinistros de trânsito serão atendidos no Centro e Orla”, orientou o sindicato aos profissionais, conforme informações obtidas pelo Portal A TARDE.
Para Neto, a medida estabelecida, por meio de ofício, busca resguardar a vida dos agentes de segurança pública.
“A Guarda hoje atua no trânsito até 3h a 4h atendendo o sinistro de trânsito, não tem condições de atuar nesse horário, pois, a gente não sabe o que vai achar nas ocorrências de trânsito. A Guarda não tem equipamento de proteção individual para se proteger”, completou o vice-presidente.