Itabela: professor é investigado após alunas relatarem assédio sexual em escola estadual
As estudantes receberam apoio de outros alunos e realizaram um protesto na escola, manhã desta sexta-feira (11).

REDAÇÃO BAHIA DIA A DIA - 11/03/2022 - 19:14
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Um grupo de alunas da Escola Estadual Antônio Carlos Magalhães – ACM, acusam um professor de educação física de assédio sexual e importunação. As estudantes receberam apoio de outros alunos e realizaram um protesto na escola, manhã desta sexta-feira (11).

Os alunos portando cartazes com símbolos e mensagens sobre feminismo, cobravam da direção da escola uma resposta sobre as denúncias contra o professor.

 De acordo com elas, os assédios ocorrem desde 2015, e a direção da escola já era ciente das denúncias, mas nunca tomou providencias. Algumas alunas falaram que o educador conversa muitas vezes com ‘olhares de desejo" para elas, causando-lhe desconforto. E que essa atitude dele já ocorreu outras vezes, inclusive com outras alunas.

Itabela: professor é investigado após alunas relatarem assédio sexual em escola estadual. (Foto: Divulgação)

“Estudei dos 14 aos 17 anos e o professor aproveitava que a matéria dele é esportiva, e ficava com gracinhas e ousadias, e dava cima de nós alunas. Ficamos indignada por que nunca tivemos apoio, nem mesmo da direção da escola.” Disse uma ex-aluna do colégio ao BAHIA DIA A DIA.

Em áudios de aplicativos de mensagens que o BAHIA DIA A DIA teve acesso, as alunas relataram que os assédios eram constantes. “Ele [ o professor ] aproveitava os momentos de aula, para fazer comentários que as deixavam muitas vezes constrangidas. As vezes levávamos na brincadeira mas sentiram incomodados” contou uma outra estudante.

O grupo de alunas também percorreram algumas ruas da cidade em forma de protesto. Um boletim de ocorrência deverá ser registrado na próxima segunda-feira (14), por pais e responsáveis das alunas.

PROFESSOR FOI AFASTADO - Após a mobilização e protesto das alunas, a direção da escola decidiu afastar o docente das salas de aulas, por um prazo de 10 dias, até que sejam apuradas todas as informações. A direção informou que repudia toda e qualquer forma de assédio ou importunação.

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