Pai de cigana nega oferta de R$ 300 mil por assassino da filha: "Só quero justiça”
Iago Cigano utilizou as redes sociais nesta segunda-feira (10), para negar os boatos dessa oferta.

Alex Gonçalves/BAHIA DIA A DIA - 10/07/2023 - 21:30
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Depois da morte de Hyara Flor Santos Alves, de 14 anos, na última quinta-feira, 6, na cidade de Guaratinga, começaram a circular áudios em que o pai dela, conhecido como Iago Cigano, faz ameaças ao principal suspeito pela morte da menina, seu marido, identificado como Amadeus. Além do áudio, boatos indicavam também que Iago estaria oferecendo uma recompensa de R$ 300 mil a quem entregasse o paradeiro do seu ex-genro.

No entanto, Iago Cigano utilizou as redes sociais nesta segunda-feira (10), para negar veementemente essa oferta. Em um vídeo postado, ele expressou sua gratidão a todos que se sensibilizaram com a morte de sua filha e fez questão de esclarecer que não havia oferecido dinheiro pela captura de ninguém.

"Gente, eu vim aqui por meio desse vídeo agradecer a todos vocês que se comoveram com a morte da minha filha. Quero dizer que não ofereci dinheiro pela cabeça de ninguém. Agradeço a todos vocês, a população brasileira, que se comoveu com a morte da minha filha. Eu só quero justiça, isso sim! Agora, dinheiro não ofereci", afirmou Iago.

A declaração do pai evidencia seu desejo de que o responsável pelo assassinato de sua filha seja punido de acordo com a lei, sem a necessidade de uma recompensa financeira para estimular a busca pelo suspeito. 

A advogada da família de Hyara, Janaína Panhossi  explicou que o pai da menina está participando ativamente das investigações. Nesta segunda-feira, 10, inclusive, ele e a esposa deram mais esclarecimentos sobre o caso às autoridades policiais. 

De acordo com a advogada, ainda não é possível dizer ao certo como o crime aconteceu. O que se sabe é que Hyara levou um tiro no rosto enquanto estava na casa em que morava com Amadeus, com quem se casou há cerca de 40 dias. Ele também tem 14 anos de idade.

Janaína explica que o casamento foi uma cerimônia simbólica, da cultura cigana. Os dois não eram casados no civil, apesar de já morarem juntos e viverem como tal. 

A casa de Hyara e Amadeus era conjugada, e abrigava também a família de Amadeus. Todos fugiram logo após o crime.
"O que causou estranheza é que eles não ficaram nem para prestar socorro", disse Janaína, ao afirmar que a família de Hyara não acredita que o tiro tenha sido acidental. 

A Polícia Civil da Bahia confirmou que o crime está sendo investigado como feminicídio. No local do homicídio, foram apreendidos uma pistola calibre .380, com dois carregadores e munições, que foram encaminhados à perícia.

"Diligências e oitivas serão realizadas para esclarecer a motivação do crime, que já tem indícios de autoria", diz a corporação em nota. 

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