Treinador de futebol é condenado a 18 anos de prisão por abusar de alunos 
Acusado usava internet para aliciar vítimas ; Julgamento foi conduzido pelo juiz Heitor Awi Machado de Attayde 

Redação/BAHIA DIA A DIA - 08/01/2019 - 10:25
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O ex-treinador de uma escolinha de futebol, Gilberto Júnior Rocha da Silva, de 30 anos, foi condenado pelos crimes de estupro real, virtual e estelionato a pena de 18 anos de prisão pela 2ª Vara Criminal de Eunápolis. O julgamento, conduzido pelo juiz Heitor Awi Machado de Attayde, aconteceu no dia 3 de janeiro.

Gilberto é acusado de abusar sexualmente de cinco adolescentes, entre 13 e 16 anos, os quais eram atraídos por um perfil fake e eram selecionados por um grupo de WhatsApp. A investigação teve início após uma denúncia de um adolescente, vítima do suspeito. Gilberto está preso desde maio de 2018.

De acordo com o Ministério Público, as investigações policiais apontam que os abusos teriam acontecido entre o final do ano de 2016 e início de 2017. Em depoimento, os adolescentes narraram que eram atraídos por Gilberto através de uma conta fake de uma mulher e eram aliciados a trocar fotos nuas. Após o envio de fotos com conteúdo erótico, o acusado se identificava e passava a ameaçá-los, dizendo que iria divulgar as imagens para toda a cidade, solicitando mais fotos e vídeos.

Ainda conforme o MP, em alguns casos, mediante ameaça de divulgação, o acusado coagia os adolescentes a realizar cenas eróticas durante chamada por vídeo ao vivo. Algumas das vítimas mantiveram encontros presenciais, mediante ameaça e foram obrigadas a praticar atos sexuais com o acusado.

Ainda no relato, na época em que foi preso, o acusado confessou a prática dos crimes, mas já em juízo, o acusado negou os delitos de estupro e relatou que nunca teve problemas pessoais ou de qualquer ordem com nenhuma das vítimas.

Apesar das negações, o júri entendeu que mesmo que negue em juízo os crimes imputados na denúncia com justificativas vazias e sem sentido, sua versão na fase judicial é isolada e destoa das declarações das vítimas, que são coesas e ricas em detalhes. 

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