PF conclui inquérito e vê esquema criminoso em licitação de transporte escolar
De acordo com a investigação, esquema criminoso era integrada por servidores da prefeitura, agentes políticos e empresários.

Redação com informações da PF - 09/02/2018 - 12:01
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Foi concluído na última sexta-feira, 02, o inquérito policial referente à Operação Gênesis, deflagrada pela Polícia Federal, Ministério Público Federal e Controladoria Geral da União em agosto do ano passado, que visou desarticular organização criminosa especializada em fraudes a licitações e desvio de recursos públicos destinados à contratação de serviços de transporte escolar no município de Porto Seguro.

De acordo com a investigação, a organização criminosa era integrada por servidores da Prefeitura Municipal de Porto Seguro, agentes políticos, empresários e “laranjas”, que desde 2013 vinham direcionando as licitações para uma empresa envolvida no esquema fraudulento. 

O desvio dos recursos era realizado mediante superfaturamento e posterior subcontratação do objeto da licitação. Foram constatadas ainda irregularidades na prestação dos serviços e a lavagem do dinheiro obtido ilegalmente com os contratos. A empresa foi contratada pelo Município de Porto Seguro há cerca de quatro anos, sendo tal contrato prorrogado sucessivas vezes. Nesse período, a Prefeitura repassou cerca de R$ 37 milhões (trinta e sete milhões de reis) para prestação do serviço de transporte escolar.

De acordo com a investigação, organização criminosa era integrada por servidores da prefeitura, agentes políticos e empresários. (Foto: Divulgação)

Realizada a análise de todo material apreendido no dia da deflagração da operação e ouvidas cerca 65 (sessenta e cinco) pessoas, as condutas criminosas objeto da investigação foram confirmadas, tendo resultado no indiciamento de 21 (vinte e uma) pessoas, pelos delitos tipificados nos artigos 299 (falsidade ideológica, corrupção passiva, corrupção ativa, organização criminosa, crimes licitatórios e lavagem de dinheiro.

Também foram decretadas diversas medidas cautelares, tais como a indisponibilidade de bens e valores dos envolvidos.

O inquérito agora será encaminhado ao Ministério Público Federal em Eunápolis, que poderá oferecer denúncia ao juízo competente. 

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