Hotel de doleiro preso na Lava Jato vira criadouro de dengue em Coroa Vermelha
O local está abandonado há mais de um ano.

C. Silveira/ Bahia Dia a Dia - 30/03/2016 - 19:27
Link

Em meio a uma epidemia de doenças provocadas pelo Aedes Aegypti em várias regiões do Brasil, principalmente no Nordeste, encontrar locais que servem de criadouros para o mosquito é revoltante para quem mora nas redondezas, e é assim que seu Altair se sente vendo essas piscinas abandonadas cheias de água. “É um absurdo nos dias de hoje ver essa água parada aí sem ninguém tomar providência”. Completou o pedreiro.

Essas piscinas ficam no Hotel Príncipe da Enseada, em Coroa Vermelha, distrito de Santa Cruz Cabrália, e pertence ao doleiro Alberto Youssef, preso na operação lava jato, suspeito de integrar um esquema bilionário de lavagem de dinheiro. O local está abandonado há mais de um ano, já foi depredado e teve as paredes pichadas com frases de protesto contra os desvios da Petrobras no ano passado.

Quando o Hotel foi alvo de vândalos, os advogados de Youssef declararam que no acordo de delação premiada, o imóvel foi passado para a Justiça e por isso o doleiro não tem mais responsabilidade de zelar pelo mesmo. Então quem deve ser acionado para limpar a propriedade e evitar a proliferação de doenças? É isso que os moradores de Coroa Vermelha querem saber, pois além das piscinas, pneus e entulhos encontram-se espalhados por toda a área, e se tornam criadouros constantes do mosquito transmissor da dengue, Zika Vírus e chikungunya.

 

MAIS NOTÍCIAS