Professor acusado de receber sem exercer função é absolvido
Decisão foi feita pela prefeita Christine Pinto e publicada no diário oficial

Adson Rodrigues/BAHIA DIA A DIA - 11/06/2019 - 18:15
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A prefeita de Guaratinga, Christine Pinto, absolveu o professor Misael Gregório da acusação de receber sem exercer função na escola municipal Renascer I em dezembro de 2016. A decisão foi publicada no diário oficial do município nessa terça-feira (11).

Misael Gregório estava afastado da sala de aula desde 2012 quando foi eleito vereador pela primeira vez, através de uma licença não remunerada. Ele retornou à escola em dezembro de 2016, mesmo sendo reeleito, como previsto em lei.

Em novembro de 2018, uma comissão da prefeitura foi instalada para investigar a acusação de que Misael não havia exercido nenhuma atividade na escola no mês que retornou e por isso recebeu pagamento do município de forma irregular. A prefeitura afastou Misael de suas funções para apurar o caso.

Após ouvir funcionários e professores que trabalharam na escola no período investigado e ser montado um relatório, a prefeita Christine Pinto publicou o resultado da investigação. Nela Misael Gregório é absolvido.

A decisão diz que foram ouvidas o maior número de pessoas para a elucidação dos fatos. Foi constatado irregularidades na assinatura de Misael no livro de ponto, mas a atitude foi da direção da escola.

“A servidora Dilza Moreira afirmou que é professora do município e atuava como diretora da Escola Renascer I, em 2016; que recebeu o servidor Misael depois de 20 de novembro do mesmo ano; que o servidor ficou à disposição, fazendo atividades de secretaria, como preenchimento de boletins e atualizações de cadernetas; não ocupou o cargo de professor pois as turmas estavam lotadas; confirma que ordenou ao funcionário Geremias que inserisse o nome do professor Misael no livro de ponto; que o livro de ponto já havia sido preenchido quando o professor chegou na escola e o ponto era na marcado no turno matutino por disciplina, que não havendo espaço ordenou que fosse inserido nas entrelinhas do vespertino”, diz um trecho da decisão.

Segundo o documento, houve contradições em depoimentos, entretanto, a maioria dos servidores ouvidos afirmaram que Misael cumpriu a carga horária de trabalho na escola Renascer I, estando em tal período à disposição da escola.

Ao BAHIA DIA A DIA, Misael Gregório que está feliz com o resultado. “Nunca houve crime. Tudo não passou de uma insatisfação política. Montaram essa farsa”, justificou.

Misael Gregório ainda disse estar ansioso para voltar a lecionar na sala de aula. A convocação autorizando o professor a retornar a escola deve ser apresentada nos próximos dias. 

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